Tempestade deixa rastro de destruição no Oeste

Produtor contabiliza prejuízos de cerca de R$ 5 milhões

A tempestade e ventos fortes que atingiram a maior parte da região Oeste na quinta-feira deixaram grandes estragos em plantações de mandioca em Cascavel e em uma propriedade em Cafelândia.

Há possibilidade de que por volta das 17h um tornado tenha se formado na área em função da destruição provocada em um barracão, utilizado para armazenar grãos e maquinários.

O incidente trouxe um enorme prejuízo ao produtor Elci Dalgalo, responsável por uma extensão de mil alqueires. “Estimamos que aproximadamente R$ 5 milhões foram perdidos”, afirma.

O barracão ficou completamente destelhado e a força do vento, que deve ter ultrapassado 100 km, levou a cobertura há metros da propriedade. 

Ninguém trabalhava no local durante a tempestade, porém a estrutura de ferro que dava sustento a cobertura atingiu cinco colheitadeiras, seis caminhões, quatro carretas e dois trucks, que estavam dentro do barracão.

Toda a plantação de feijão foi devastada e grande parte do milho também foi ao chão. O vento partiu árvores como eucalipto e pinheiro.

Sem seguro

O produtor não possui qualquer tipo de seguro contra acidentes e conta que buscará outras formas de ajuda. “Vamos conversar com a prefeitura de Cafelândia e de Cascavel e com a Defesa Civil para ver o que conseguimos”, diz ele, inconformado pelo ocorrido. Na residência que mora com a família, não houve problemas, apesar do susto e horas sem energia elétrica.

Torres

O vendaval derrubou duas torres de linhas de transmissão de energia próximas à propriedade rural. Desde à tarde do ocorrido, funcionários da empresa Furnas trabalhavam para retirar cabos e a partes da estrutura de ferro com a ajuda de máquinas escavadeiras. Um trecho da estrada de terra ficou interditado. 

Simepar 

O Instituto tecnológico Simepar confirmou tempestades em toda a região Oeste, desde quinta-feira. 

Apesar da destruição verificada na propriedade rural, não houve confirmação de tornado. “Foram observadas tempestades nesta região, mas pelas imagens preliminares que verificamos não foi possível constatar o fenômeno neste ponto”, afirma a meteorologista Beatriz Porto.