terça-feira, 14 de outubro de 2014

Moradores lotam Câmara de Ipiranga contra Prefeito

Moradores de Ipiranga agradecem o Ministério Público do Paraná (MP) por ações contra o prefeito Roger Selski (PR) e cobram rigor da Câmara em processo de cassação

Moradores de Ipiranga lotaram a Câmara de Vereadores, ontem, em protesto contra o prefeito Roger Selski (PR), alvo de duas ações movidas pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP). Organizados através das redes sociais, os populares cobram que o parlamento adote medidas contra Selski.

Somente nas últimas semanas, dois processos foram protocolados pela Promotoria de Justiça do município, que identificou atos de improbidade administrativa na ampliação dos cargos comissionados da Prefeitura e, também, nos gastos com diárias do prefeito e seus secretários.Viagens internacionais são alvo de investigação na Justiça.

O protesto na Câmara buscou pressionar os vereadores a aprovarem a representação, protocolada na última quinta-feira, contra Roger. A denúncia é o primeiro passo para a abertura da Comissão Parlamentar Processante (CPP) que pode resultar na cassação do prefeito. Articulado pelo vereador Maicon Vinicius Dalazoana (PSC), o pedido de CPP entrou em pauta na sessão desta segunda-feira.

Para Vinicius, os apontamentos do MP são graves e o Legislativo é precisam ser apuradas pelo Legislativo. “Esta Casa não pode se omitir de apurar e corrigir eventuais ilegalidades na Administração Municipal”, disse. Vinicius foi um dos poucos vereadores que votou contra a criação irregular de novos cargos comissionados no município, aprovada por seis votos.

De acordo com a investigação do MP, além dos cargos serem incompatíveis com a situação financeira da Prefeitura, eles determinam a nomeação de indicações políticas em funções que, segundo a Constituição Federal, devem ser exercidas através de concurso público. Os cargos foram criados em abril. Até o fechamento desta edição, os vereadores ainda não haviam decidido se dariam continuidade ao processo.

MP apura omissão na Câmara

Como a criação dos cargos comissionados recebeu aval da Câmara, mesmo com parecer contrário da Controladoria, o Ministério Público do Paraná (MP) também pretende indagar os vereadores sobre eventual omissão legislativa. Somente dois parlamentares votaram contra o projeto, na tumultuada sessão de abril.

O MP ainda vai avaliar se cabe a responsabilização da Câmara pelo ato de improbidade administrativa que gerou uma das ações contra o prefeito Roger Selski (PR). Desde o início das denúncias, o prefeito tem mantido silêncio a respeito das denúncias e ainda não deu explicações sobre as viagens internacionais e a criação dos cargos.

Informações do site A Rede

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